EGW Nesses últimos dias há um chamado do céu convidando você a guardar os estatutos e ordenanças do Senhor. Esse mundo invalidou a lei de Jeová; mas Deus não será deixado sem testemunha, ou sem um povo na Terra para proclamar sua verdade. {ST February 3, 1888, par. 5}

EGW Em consequência da contínua transgressão, a lei moral foi repetida em grandeza terrível do Sinai. Cristo deu a Moisés preceitos religiosos que deveriam governar o dia a dia. Esses estatutos foram explicitamente dados para proteger (ingl. guard) os dez mandamentos. Eles não são tipos/sombras que passariam com a morte de Cristo. Eles deveriam ser obrigatórios (ingl. binding) sobre o homem em todas as eras enquanto o tempo durar. Esses mandamentos foram endossados (ingl. enforced) pelo poder da lei moral e eles claramente e definidamente explicavam essa lei.

Cristo se tornou pecado pela raça caída, tomando sobre si mesmo a condenação repousando sobre o pecador por sua transgressão da lei de Deus. Cristo esteve de pé à frente da família humana e como seu representante. Ele tomou sobre si mesmo os pecados do mundo. Em semelhança de carne pecaminosa ele condenou o pecado na carne. Ele reconheceu os reclamos da lei judaica até sua morte, quando o tipo encontrou o antítipo. No milagre que ele realizou pelo leproso, ele lhe pediu para ir aos sacerdotes com uma oferta de acordo com a lei de Moisés. Assim ele sancionou a lei que requeria ofertas.

Cristãos que professam ser estudantes da Bíblia podem apreciar mais plenamente que o antigo Israel o pleno significado das ordenanças cerimoniais que tinham que observar. Se de fato são cristãos, eles estão preparados para reconhecer a santidade e importância dos tipos/sombras, pois veem o cumprimento dos eventos que eles representam. A morte de Cristo dá ao cristão o correto conhecimento do sistema de cerimônias e explicam as profecias que ainda permanecem obscuras aos judeus. Moisés mesmo não formulou nenhuma lei. Cristo, o anjo que Deus apontara para ir perante o povo escolhido, deu a Moisés estatutos e requerimentos necessários para um religião viva e para governar o povo de Deus. Cristãos cometem um terrível erro ao chamar essa lei de severa e arbitrária, então contrastando-a com o evangelho e missão de Cristo em seu ministério sobre a Terra, como se estivesse em oposição aos justos preceitos que chamam de lei de Moisés.

A lei de Jeová, datando da criação, estava contida nos dois grandes princípios, “Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, e de toda tua alma, e de toda tua mente, e de toda tua força. Esse é o primeiro e grande mandamento. E o segundo é semelhante, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há mandamento superior a esses.” Esses dois grandes princípios abarcam os primeiros quatro mandamentos, mostrando o dever do homem para com Deus, e os últimos seis, mostrando o dever do homem para com seu próximo. Esses princípios foram mais explicitamente declarados ao homem depois da queda, e exprimidas para ir de encontro às necessidades de inteligências caídas. Isso foi necessário porque as mentes dos homens estavam cegados pela transgressão. {RH May 6, 1875, par. 13} Link do original inglês https://egwwritings.org/read?panels=p821.2163&index=0

EGW E tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem falado faremos e obedeceremos. Êxodo 24:7. {MG 138.5}
O concerto que Deus fez com Seu povo no Sinai deve ser nosso refúgio e defesa. … Este concerto é tão válido hoje como quando foi feito com o antigo Israel pelo Senhor. {MG 139.1}
Este é o compromisso do povo de Deus nestes últimos dias. O serem aceitos por Deus depende do fiel cumprimento dos termos do seu acordo com Ele. Em Seu concerto Deus inclui a todos que Lhe obedeçam. A todos que praticam a justiça e o juízo, desviando a sua mão de praticar algum mal, a promessa é: Aos que “abraçam a Minha aliança, darei na Minha casa e dentro dos Meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará.” Isaías 56:4, 5. — The S.D.A. Bible Commentary 1:1103. {MG 139.2}

EGW Cristo deu a Moisés preceitos religiosos que deveriam governar o dia a dia. Esses estatutos foram explicitamente dados para proteger os dez mandamentos. Eles não são tipos/sombras que passariam com a morte de Cristo. Eles deveriam ser obrigatórios sobre o homem em todas as eras enquanto o tempo durar. {RH May 6, 1875, par. 10}

Agora: Os estatutos que eram sombras de Jesus, ritos, cerimônias, circuncisão, passaram. Veja Atos 15 e o capítulo “Judeus e Gentios” de Atos dos Apóstolos. Mas todos os outros que não são sombras, mas para o dia-a-dia, continuam válidos. Muitos não aceitam o sábado porque no Novo Testamento não repete o mandamento. Mas o fato de não cancelar o sábado, deixa válido o mandamento do Antigo Testamento. Da mesma forma os estatutos que não foram especificamente cancelados. Precisamos decifrar, pois estão misturados. Deus parte do pressuposto que somos inteligentes e vamos saber discernir. Sobre o sermão profético do Olivete, Mateus 24, diz:

EGW Jesus não respondeu aos discípulos falando em separado da destruição de Jerusalém e do grande dia de Sua vinda. Misturou a descrição dos dois acontecimentos. Houvesse desenrolado perante os discípulos os eventos futuros segundo Ele os via, e não teriam podido suportar esse espetáculo. Por misericórdia com eles, Jesus misturou a descrição das duas grandes crises, deixando aos discípulos o procurar por si mesmos a significação. DTN 443.3

 

Olha que interessante o argumento dos céticos quanto à obrigatoriedade dos estatutos e juízos hoje, eles usam o seguinte texto:

EGW Se o homem houvesse guardado a lei de Deus conforme fora dada a Adão depois de sua queda, preservada por Noé e observada por Abraão; não teria havido necessidade de se ordenar a circuncisão. E, se os descendentes de Abraão houvessem guardado o concerto, do qual a circuncisão era um sinal, nunca teriam sido induzidos à idolatria; tampouco lhes teria sido necessário sofrer vida de cativeiro no Egito; teriam conservado na mente a lei de Deus, e não teria havido necessidade de que ela fosse proclamada no Sinai, nem gravada em tábuas de pedra. PP 261.1

Mas isso não quer dizer que o decálogo do Sinai não é importante para nós. Foi acrescentado, sim, e nós hoje o guardamos.

O texto segue: EGW E, se o povo houvesse praticado os princípios dos Dez Mandamentos, não teria havido necessidade das instruções adicionais dadas a Moisés. PP 261.1 Foi acrescentado, sim, e nós hoje deveríamos observar essas instruções acrescentadas pelo Senhor. Não podemos eclipsá-los pelo decálogo. Tanto o decálogo como os estatutos e juízos especificam como amar a Deus e o próximo. Sim o decálogo é mais importante, mas as instruções adicionais também estão na lei.

Mateus 5:19 Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim o ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus (quer dizer, não entrará no céu e será chamado de menor dentre os humanos, ver Bíblia White Mt 5:19)

EGW Seria uma agradável cena para Deus e os anjos se Seus professos seguidores nesta geração se unissem como o Israel do passado, numa solene aliança, prometendo que “guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Deus, e os Seus juízos e os Seus estatutos” (Ne 10:29; The Southern Watchman, 07/06/1904).