O zelo da casa de Deus me consumiu e me custou a cabeça em termos formais. Escrevo como adventista do sétimo dia de coração, sem a formalidade da membresia. A retirada da mesma me dá a vantagem de poder escrever como observador independente. Foi o princípio que fez Greenleaf (gringo) escrever uma descrição mais objetiva sobre a história da IASD na América do Sul. É separado do corpo, na “perspectiva de drone” que dá para tirar as melhores imagens da situação.

Não me calarei, e a restauração de veredas continua. A reforma de baixo para cima está tímida mas ganhando força. Por amor de Sião, me não calarei… até que saia a Sua justiça como um resplendor, e a Sua salvação, como uma tocha acesa. Isaías 62:1. – {RC 211.1}
EGW “Deus convida os Seus obreiros, nesta época de religiosidade corrompida e de princípios pervertidos, a revelar uma espiritualidade saudável e influente. … Deus requer isso de vós. Cada parte de vossa influência deve ser utilizada na causa de Cristo. Deveis agora chamar as coisas pelo seu nome exato, e permanecer firmes em defesa da verdade como esta é em Jesus.” – {RC 211.2} Lembre-se que Jesus por duas vezes expulsou os mercadores do templo, o que deveras não combina com a caricatura moderna de Jesus, que só passa mão na cabeça. 

Bem, há boas notícias. Fontes me informaram que Ivan Saraiva vai se rebatizar em dezembro nos EUA. É bom mesmo. Mas somente depois de confissão pública e depois de ter se comprometido a restituir cada centavo ilicitamente recebido (ver vídeo Arrependei-vos) é que vai entrar salvação na casa dele. EGW “Não há evidência de genuíno arrependimento, a menos que se opere a reforma. Restituindo o penhor, devolvendo aquilo que roubara, confessando os pecados e amando a Deus e ao próximo, pode o pecador estar certo de que passou da morte para a vida.” – {CC 59.1}

Uma vítima de assédio está juntando coragem para dar um ultimato ao diretor: ou elimina o transgressor do quadro de professores ou haverá denúncia na delegacia. Para salvaguardar as novas vítimas que estão sendo feitas, não por vingança. Se trata de um ato de amor. Geralmente os oficiais só agem sob ameaça assim; a direção da escola teme a repercussão de uma intervenção policial. Talvez seja interessante cumprir Mateus 18 já com duas testemunhas desde o início, pois o pecado foi contra ela.

Mas quando o pecado não é pessoal, mas público e prejudica o avanço da causa, transparência e credibilidade, deve haver repreensão pública. Ellen White certa vez expôs publicamente uma irmã da igreja, cujo “ marido pareceu irritado com a exposição das faltas da esposa perante a igreja, e declarou que se a irmã White seguisse as orientações de nosso Senhor em Mateus 18:15-17, ele não teria se sentido magoado: ‘Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão. Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, […]’
Meu marido [Tiago White] então declarou que ele deveria compreender que essas palavras de nosso Senhor faziam referência a casos de delitos pessoais, e não poderiam ser aplicadas no caso dessa irmã. Ela não ofendera a irmã White. O que havia sido censurado publicamente eram os erros públicos que ameaçavam a prosperidade da igreja e da causa. “Eis”, disse meu marido, “um texto aplicável ao caso (1 Timóteo 5:20): ‘Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor.’” – {T2 15.2}

Repare que a instrução a Timóteo é para todos os cristãos e que a primeira preocupação não é ganhar o transgressor mas infundir temor nos membros da igreja. 1 Timóteo 5:20: ‘Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor.’” Mais sobre isso veja o vídeo Silêncio no Céu de Caroline Formighieri.

 
Seguem um abaixo assinado de membros da Associação Paulista Oeste. Parebenizamos o irmão João C. pela coragem de expôr seu rosto em seixo. Essa é a maior necessidade do mundo. 
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Proposição dos membros leigos da Associação Paulista Oeste da Igreja Adventista do Sétimo Dia.   

Em primeiro lugar queremos expressar nossa confiança e respeito à Igreja Adventista do Sétimo Dia.
1-   Entendemos que esta comunidade religiosa se constitui no povo remanescente no tempo do fim (Apocalipse 12:17) e o grupo que guarda os mandamentos e conserva o testemunho de Jesus (Apocalipse 14:12 e 19:10).
2-   Entendemos também que esta denominação tem uma missão a cumprir em todo o mundo (Mateus 28:19-20: Apocalipse 14:6-9) e todos os esforços devem ser empenhados para a realização desta tarefa.
3-   Entendemos ainda que pelo fato de todos sermos pecadores, precisamos sempre buscar a orientação de Deus, a fim de administrar a igreja dentro dos princípios da liderança cristã.
4-   Entendemos que esta orientação é dada pelo Espírito Santo, não pode e não deve ser exclusividade dos líderes, mas extensiva a todo o povo de Deus que a seu tempo pode respeitosamente opinar sobre os assuntos da igreja.
5-   Entendemos também que os princípios não se negociam e nem caducam, mas procedimentos administrativos podem se alterar à medida que o tempo passa.    

O Problema            
Assim sendo, queremos considerar sobre o que diz respeito a eleição dos oficiais da igreja, no nível de Associação. Há em nosso modo de ver um erro que precisa ser corrigido para o bom desempenho da Obra de Deus.            
De acordo com os regulamentos ora vigentes, a composição da comissão de nomeações por exemplo, em uma Associação é feita por 50% de obreiros (empregados pela obra) e 50% de membros leigos.              

Entendemos que:
1-   Este modelo fere o princípio da representatividade se considerarmos que em uma Associação temos um número infinitamente maior de membros leigos voluntários do que assalariados da denominação.
2-   Lembrando ainda que o funcionário dificilmente irá se manifestar ou votar diferente do que espera seu superior em um momento de quadrienal.
3-   Isto propicia a permanência quase indefinida de líderes e departamentais que se perpetuam no cargo muitas vezes em funções para as quais eles já deram sua contribuição no período de seus mandatos.  

A Proposta
Assim queremos propor que a igreja em suas instâncias superiores estude o assunto com o carinho que ele merece.
Nossa proposta é que este índice seja revisto e reformulado para 80% de leigos e 20% de funcionários e/ou obreiros da Organização. Isto daria mais transparência e geraria uma reação ainda mais favorável aos destinos da Organização.
O formato que hoje temos corrobora para que muitos dos eleitos permaneçam por longos períodos no mesmo campo impedindo assim que haja a renovação de pastores, impedindo também a mudança que gera crescimento, tanto para o campo quanto para os novos eleitos que irão contribuir com seus dons, promovendo novas experiências ao campo.
Por isso também nossa proposta além da mudança dos percentuais de eleitores, é de que haja apenas uma reeleição de presidente, secretário, tesoureiro e departamentais, sendo que assim que acabarem os respectivos mandatos, deverão estes ao deixarem seus cargos, assumirem um distrito. Passado no mínimo um mandato como distritais, tais pastores poderão ser novamente elegíveis para presidente, secretário tesoureiro e departamentais.
Dessa forma toda a Obra ganhará pela atuação de pastores mais experientes no campo, colocando-os em um maior contato com o cotidiano, alegrias e problemas enfrentados pelas igrejas.
Acreditamos que com estas mudanças, tanto pastores quanto igrejas irão crescer, pois mudança gera crescimento, e junto ao crescimento podemos acrescentar mais justiça e transparência, conforme o princípio que temos pregado ao longo dos anos.
Amamos nossa igreja, somos engajados na causa e precisamos estar dispostos a nos envolvermos nas mudanças que trarão melhorias e mais transparência. Partindo do princípio de que membros leigos ainda controlam em grande parte o processo de tomada de decisão da igreja local, que é realmente o nível mais importante onde a obra mais significativa da igreja é realizada, elaboramos o presente abaixo-assinado, para o qual contamos com sua assinatura, para efetivação das mudanças ora propostas.      

Atenciosamente, agradecemos.  
Membros leigos da Igreja Adventista do 7º Dia da Associação Paulista Oeste.

 
 

Segue abaixo a postagem de Marcelo Meireles de 16 de novembro de 2019. Meireles é conhecido músico adventista de Belo Horizonte.

A IASD teve uma das semanas mais difíceis e espantosas de sua História no Brasil e a liderança não quer que os membros questionem ou comentem.

Que dia eles vão aprender que denominação religiosa é sustentada pelas ofertas voluntárias dos fiéis e por isso é instituição de interesse público ?

Já ha 1 ano a IASD brasileira tem sido chacoalhada por que vieram a tona rombos milionários (mais de 100 milhões só na UCB e Unasp, somados ) e pipocaram vários escândalos de ordem moral, alguns absurdos, envolvendo vários líderes

Mas o objetivo desse post não é tratar desses escândalos financeiros e morais e sim a REAÇÂO PADRONIZADA da liderança contra os questionamentos

Melhor do que dar indiretas sobre “criticas”, chamando os membros de fofoqueiros seria efetivamente melhorar o compliance, as auditorias

È urgente o fim definitivo às reeleições desenfreadas. Elas estão no cerne das crises atuais da IASD.

Mais do que nunca é preciso questionar o comportamento manso e folgado de grande parte do pastorado que abusa de direitos a mimos e regalias, e esnoba os deveres de atender efetivamente e bem a membresia da Igreja.

Esses caras sempre “Seguram nas pontas do altar” quando a chapa esquenta invocando o “não toquem na menina dos olhos de Deus”.

Mas quem está na realidade danificando a “menina dos olhos de Deus” é esse setor do pastorado que se agarra a cargos, reeleicões desenfreadas e mimos auto-concedidos.

E qdo a chapa esquenta, logo correm a reclamar dizendo que “rede social não é o lugar adequado” e bla bla bla

Se esquecem que Lutero usou a “rede social” de sua época pra divulgar as 95 teses : A porta da Igreja !

Das 95 teses da Reforma, VINTE eram críticas diretas à corrupção e ostentação do clero .

Se Lutero aparecesse hoje contestando, seria repreendido pelos líderes, igualzinho foi na epoca

Estão se construindo verdadeiros absurdos que não diferem em NADA das indulgencias do tempo de Lutero, SUGANDO a força economica dos membros, deslocando cada vez mais recursos pra manter a máquina institucional, enquanto a maioria das igrejas é mal equipada e precária

Está no DNA do cristão protestante, se posicionar contra os hábitos “mansos” do clero

Não espere um rombo de 100 milhões pra se horrorizar

Rombos assim são construídos aos poucos, com hábitos administrativos perdularios sendo tratados como “investimentos visionários”, com mimos auto-concedidos que vão aos poucos se tornando direitos adquiridos

Por isso é preciso questionar sempre o por que das coisas

Sobre a reação padrão “vamos orar mais e falar menos”, prestem atenção no que disse o Arcebispo Desmond Tutu, Premio Nobel da Paz :

“Eles tinham a Bíblia, nós tínhamos a terra. Eles nos disseram : “fechem os olhos e rezem”. Quando abrimos os olhos, eles tinham a terra e nós tínhamos a Bíblia”

Orar mais, sempre. Vigiar mais, também